quarta-feira, 21 de maio de 2008

nao deixe a esperança morrer

Não deixe a esperança morrer
"A esperança é a última que morre", dizem as más línguas. Pois eu acho que a minha entrou em coma há uns 3 anos atrás, quando eu comecei a ter os primeiros sintomas de depressão. Era a minha esperança que estava morrendo aos poucos, sem ninguém notar. Os acontecimentos iam se juntando, cada um dando um golpe fatal a mais na minha esperança.

Mas qual esperança? A esperança de que tudo vai dar bem, de que tudo é possível. Uma esperança que eu acho que toda pessoa equilibrada emocionalmente tem. Mas a minha tava morrendo, antes no seu estado latente, onde a gente nem percebe que ela existe, foi-se esvaindo entre meus dedos, como água. A esperança... a esperança e a confiança de que tudo está bem, e como citava uma amiga minha: "No final tudo acaba bem. Se não está bem, é porque ainda não é o final." Eu costumava acreditar nisso.

A pergunta é: Quando é que as coisas iam bem? Vou declarar o dia 10 de setembro de 2001 como o último dia da minha esperança intacta. Até então eu estaca estudando Informática, e estava tudo bem. Eu estava casado a 5 anos e estava tudo bem. Minha filha tinha 1 ano e meio, e tudo bem. Meu relacionamento com meu pai estava meio tenso, mas tudo bem. Brigado com a mãe? É, mas estava começando a tentar me reaproximar dela e fazer as pazes... então tudo bem. Morava num AP de 60 m², e o contrato valia mais dois anos: Pÿ meu, tudo bem! Na verdade tudo ótimo!

Mas no dia 11 de Setembro de 2001, começa o ataque (além do das Torres Gêmeas, para as quais eu estava me lixando) à minha esperança. Talvez eu não tenha percebido isso antes, e sim só com o passar do tempo... mas começou naquele dia, junto com a queda das Torres. Primeiro veio o medo do terrorismo (loucura) que matou a minha esperança de que uma vida é independente. Mas não, não... sempre tem alguém que pode jogar um avião na sua cabeça. O golpe mais maluco e não plausível (implausível) de todos, mas um golpe. O medo de ficar na Alemanha foi seguido pela mudança pro Brasil, o segundo golpe que atacou a minha esperança de se formar, de continuar a vida como eu tinha planejado. No Brasil não deu tempo pra fazer muita coisa, fora ficar resolvendo burocracia. Tentar transferir o estudo pra USP ou outra faculdade não deu (outro golpe), tentar emprego também não deu, outro golpe, desta vez na minha esperança de conseguir um dia ser alguma coisa na vida. Depois na casa da minha sogra, uma relação doentia, que prejudicou minha mulher e minha filha mais do que a mim. Mais outro golpe, dessa vez na minha esperança de "já-que-com-meus-pais-a-relação-não-é-boa-... -talvez-com-os-sogros". A partir daí via minha família como só Simone, Clara e eu... e o resto no Brasil do meu lado.

Voltei depois de 5 meses pra Alemanha, sozinho, sem canto certo pra morar e sem emprego. Um passo na direção certa. Parecia que iam tentar primeiros socorros na minha esperança... mas só parecia. Tudo diferente. Não sabia se ia dar certo. Rematrícula, procurar quarto, talvez um emprego. Focalizando em terminar a faculdade o mais rápido possível pra poder juntar as pessoas que eu amo de novo. Parecia que a esperança estava voltando. Estudando, fazendo os trabalhos que faltavam. Passei nas provas, só faltava a tesE. Peguei a primeira que apareceu na minha frente, até achei interessante. "Classificação do leite através de análise de imagens". Realmente uma pesquisa, da qual os resultados seriam úteis para o mundo. Foi um tranco, mas eu resisti. Mas as metas estavam tão altas, que pensei em desistir quase no final, achando que o tema tinha mais cara de doutorado do que de trabalho final da faculdade. Aí mais uma em cima da esperança, aquela que achava que a faculdade seria terminada em tempo hábil (hábil para eu não ir à loucura, sozinho, sem família, e sem ficar perdendo tempo fazendo coisas que não tinham há ver com a faculdade). Foi nessa época que começou a me dar uns ataques de sono. Queria ficar o tempo todo na cama. Os primeiros sintomas da depressão. Eu pensando que era estafa. E foi nessa época, logo depois das minhas provas, que eu fui com o meu desânimo todo visitar o meu pai em Atenas. Há quem diga que eu fui louco, indo visitá-lo depois de tanta enchessão-de-saco, depois de tanta briga. Mas a minha esperança era forte, não queria morrer, e eu resolvi dar essa última chance pro velho. Afinal ele era meu pai. Hoje eu dou razão a essas pessoas, pois ele deu um golpe mortal na minha esperança de ter um relacionamento saudável com esse meu progenitor (que morreu sendo só isso: o cara que engravidou a minha mãe), de poder um dia ver meu pai junto com minha mulher e minha filha, sem ver a tensão e as faiscas saindo da cabeça dele. Minha ilusão de "família feliz" (ou a "família-tralálá") morreu nessa viagem. Depois de 7 anos de casamento ele me diz que por ele eu nunca teria "me casado com aquela mulher", e que meu alemão era uma merda (estranho, meus amigos acham o contrário), e que eu nunca encontraria um emprego porque a minha presença emanava insegurança (claro, eu tava muito desanimado com a minha situação, o que não quer dizer que numa entrevista eu não deixaria minha modéstia de lado e mostraria todo o orgulho que eu tenho do que eu consigo fazer). Minha auto-confiança continuou sendo martelada. De acordo com meu pai eu trapaciei na faculdade porque os meus trabalhos sempre foram corrigidos antes de serem entregues (afinal o meu alemão não passa de uma língua estrangeira, que eu domino, mas não 100%, sujeita a erros como qualquer língua estrangeira). Só sei que quando eu voltei de Atenas eu me senti como se eu fosse uma ameba, sem inteligência nenhuma (afinal eu fiquei uma semana em Atenas, tempo pra ser bombardeado todos os dias. E fui). Já não tinha esperança nenhuma de ser uma pessoa normal, produzir coisas úteis. Já me vi sendo um estorvo, um vegetal.

Passados uns 2 meses eu não agÿentei mais e trouxe a minha família de volta pra Alemanha. Pegamos um apartamento (ou melhor: um apertamento, pois sala, quarto e cozinha eram uma coisa só. Por sorte o banheiro tinha parece) e continuei escrevendo minha tese... parecia que agora ia subir o astral de novo. Poucas semanas depois recebo a notícia de que minha mãe teve uma recaída do câncer. Foi um choque, pois eu pensava que ela estava bem, e os meus planos eram de que assim que eu terminasse a faculdade e estivesse trabalhando iria visitá-la com minha família, pra ela conhecer a neta. O dinheiro estava acabando, depois que minha mulher e minha filha voltaram, e eu só podia ir sozinho pro Brasil, me despedir dela (pois dessa vez o câncer havia voltado com tudo, não havia mais chance alguma de sobrevivência). Minha mãe morreu em paz comigo, mas levando a minha esperança embora de uma vez por todas, de que ela um dia conheceria a neta, de ver o único filho dela formado, de eu ter condições de devolver a ela, tudo o que ela havia me proporcionado. Mas quando ela morreu nós estávamos pelo menos em paz. Sinto falta dela agora.

Depois disso briguei feio com meu pai, feio mesmo, de não falar com ele nem por telefone, carta ou e-mail. Afinal o que ele fez comigo em Atenas, eu não queria de novo nunca mais (como eu disse foi a última chance).

Passado um mês morre um tio meu, o Boy, que eu gostava tanto e que estava de mau comigo por alguns atos do passado (de um dia ter ido pro Brasil e não ter visitado a minha avó, pra ela conhecer a bisneta), sem querer entender os motivos. Morreu sem a gente estar numa boa, sem entender meus atos, levando a esperança embora de um dia reverter isso.

Depois disso morre meu pai. Fiquei triste e ele levou consigo a esperança de a gente voltar a ter uma relação normal. Mesmo isso sendo uma meta utópica, em se tratando dele. Depois me senti aliviado "com um problema a menos". Depois descobri que eu havia sido des-herdado. O que só fez confirmar o quanto ele realmente me amava. E quer saber? Se esse foi o preço por me livrar dele, até que valeu a pena. Que a mulher dele gaste bem o dinheiro com os amantes que ela tem e tinha antes. Ela provavelmente merece muito mais, sendo uma pessoa super preconceituosa, mesquinha e com terceiras intenções.

Finalmente terminei a faculdade, mais fiquei 6 meses desempregado, mandei quase 100 currículos, e tive apenas umas 5 respostas. Provavelmente porque a situação na Alemanha não estava muito boa, mas eu, influenciado pelo que meu pai falou, pensava que era pela minha incapacidade. Inclusive (li a pouco tempo) tem uma estatística que diz que 60% dos formados encontram emprego nos primeiros 6 meses. Então eu estou dentro da norma.

Depois disso tudo, a vida voltou ao normal. Emprego, casa, família, até férias eu tirei. Mas a esperança ficou lá, jogada no chão, golpeada, sangrando, estuprada e torturada, num coma profundo. Minha vontade de viver não voltava. Eu continuava vivendo um dia depois do outro, como um robÿ. Sentindo um medo imenso, sem me alegrar com nada (nem com o diploma me alegrei).

Fui ao médico e ele me mandou pra uma psicóloga. Fiz um ano de terapia, mas não sabia o que eu tinha perdido. Comecei a me sentir melhor, mas alguma coisa me faltava. Mas o que? Depois de um ano procurando, na última sessão, descobri o que eu havia perdido e o que eu deveria procurar: a esperança de que as coisas vão dar certo, de que as coisas vão bem e de que acontecem coisas inesperadas e mesmo assim a vida continua e a gente sempre encontra um caminho, e que tudo vai melhorar. Na última sessão, ante-ontem – É o que eu chamo de "good timing".

E agora? Estou curado da depressão? Não. Mas antes eu tava pensando que depois da última sessão eu estaria de novo solto no mundo, meio sem rumo. Só que agora tudo mudou, eu tenho um objetivo, sei o que vou procurar: A minha esperança que foi tão espancada nos últimos anos, que até sumiu, e não voltou quando a poeira havia baixado. E eu estou feliz. Agora eu tenho esperança que vou encontrar a minha esperança e tenho esperança de que vou sair por completo da depressão.

esperança de reencontrar um amor perdido

Quantas vezes eu já não toquei o vazio,
na esperança de te sentir.
Quantas vezes eu já não ergui minha mão,
com vontade de acariciar teu rosto ... ou secar uma lágrima.
Quantas vezes eu não fechei os meus olhos,
para poder visualizar tua boca sorrindo...
enquanto eu sentia que tu
sorria... do outro lado.

Sinto tanto a tua falta...
Falta do teu calor...
Falta dos teus beijos...
Falta do teu olhar...

Mas a tua voz me aquece , me acaricia ,
me embala nas minhas noites vazias...
E a esperança preenche meus sonhos.
A esperança de que não tarde o próximo dia em que vamos nos encontrar.
E de que não tarde, o dia em que não vamos mais nos separar...

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Esperança

Glitter Para Orkut

Um dia virá, e não muito longe está
Que uma luz imensa e edificadora
Abarcará a terra
Ela virá, sim!
Aos olhos do mundo,
Hoje entristecido, e desarrumado
Então voltará para o entendimento
E para o amor
Pois aquela luz chegou de perto
Acolhendo e modificando
Desendurecendo corações
Abrindo mentes fechadas
Afugentando o egoísmo e a vaidade
Todos olharão com rumo certo
Todos verão que é imperativo amar
Pois o amor está em todos impregnado
Muitos escondem com medo, com orgulho
Mas esta luz o fará brotar, como cachoeira
Derramará com energia e caridade
Tenho fé, sim, nesta grandiosa realização
Não é, acredite, um sonho vago
A energia maior está aí e abundante,
Logo alcançará a todos
Transformará a todos
Um dia virá, e não muito longe está
Que uma luz imensa e edificadora
Abarcará a terra
Ela virá, sim!
Aos olhos do mundo,
Hoje entristecido, e desarrumado
Então voltará para o entendimento
E para o amor
Pois aquela luz chegou de perto
Acolhendo e modificando
Desendurecendo corações
Abrindo mentes fechadas
Afugentando o egoísmo e a vaidade
Todos olharão com rumo certo
Todos verão que é imperativo amar
Pois o amor está em todos impregnado
Muitos escondem com medo, com orgulho
Mas esta luz o fará brotar, como cachoeira
Derramará com energia e caridade
Tenho fé, sim, nesta grandiosa realização
Não é, acredite, um sonho vago
A energia maior está aí e abundante,
Logo alcançará a todos
Transformará a todos
Esta será a glória de Deus!

Joel
Texto autorizado pela: SEGRAV

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Glitter Para Orkut

Esperança é um motivo para sobreviver com motivação, que sempre vai ter um final feliz, que tudo vai dar certo no final, que a tempestade um dia vai passar, isso é esperança, tudo que nos ajuda a superar, a pensar que vai mudar é a esperança, que tudo vai dar certo, até mesmo a morte, porque usamos como a passagem da vida após a morte tal como usamos o eufemismo.

Porque escolhemos este tema

Glitter Para Orkut

Durante o filme o dono dos cães nunca perdeu a esperança de reencontrar seus animais de estimação e companheiros. Lutou para voltar ao local que tinha os deixado, sempre mantendo a esperança.

quarta-feira, 26 de março de 2008